Expulsão da LAN do Aeroparque cria tensão diplomática

A companhia argentina anunciou que entrará na Justiça para impedir seu despejo do Aeroparque

Buenos Aires - A companhia LAN Argentina anunciou, na quinta-feira, 22, que entrará na Justiça para impedir seu despejo do Aeroparque, nome informal do aeroporto Jorge Newbery, o mais próximo ao centro de Buenos Aires. A empresa, subsidiária da matriz chilena, foi intimada pelo governo Cristina Kirchner, por intermédio do Organismo Regulador do Sistema Nacional de Aeroportos (Orsna), a deixar o hangar que utiliza no Aeroparque, principal aeroporto dos voos domésticos da Argentina.

A entidade alega que a LAN não realiza voos regulares a partir do Aeroparque, e que por isso deve deixar o terminal. No entanto, apesar do argumento do governo, a empresa faz 14 voos domésticos regulares a partir deste aeroporto.
A LAN Argentina, que representa 11% dos negócios da matriz com sede em Santiago, terá de abandonar o hangar em nove dias. A empresa, que tem 3 mil funcionários no país, a maioria argentinos, é a principal rival das deficitárias estatais argentinas - Aerolíneas Argentinas e Austral - no mercado interno.
A impossibilidade de usar o hangar torna inviável automaticamente que a LAN opere no Aeroparque. Se o despejo de fato ocorrer, a consequência seria uma inevitável demissão em massa de funcionários. A LAN alega que está sendo “discriminada” por ser uma companhia privada.

Segundo Agustín Agraz, diretor de assuntos corporativos da companhia, o contrato que possui para o uso do hangar só vence em 2023.

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